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O Mundo Irreal das Redes Sociais: Estamos Perdendo Nossa Essência?

Foto do escritor: Silvia Alambert HalaSilvia Alambert Hala

Atualizado: 25 de jan.

Pessoas sentadas em círculo em uma sala acolhedora, envolvidas em uma conversa atenta. O ambiente inclui iluminação suave, estantes de livros e plantas, simbolizando um espaço seguro para conexão emocional e comunitária.
Um grupo de pessoas de diferentes idades e origens está reunido em círculo, em uma sala aconchegante, participando de um diálogo significativo. A cena transmite conexão e empatia, destacando a importância das interações humanas autênticas, o que não acontece de fato nas redes sociais.

Por Silvia Alambert Hala


O que aconteceu com o diálogo sincero, os encontros genuínos e as conexões verdadeiras? Esta pergunta parece ressoar cada vez mais em uma sociedade onde as redes sociais ocupam um espaço central em nossas vidas.


No livro “A Geração Ansiosa” de Jonathan Haidi (Edit. Companhia das Letras), o autor alerta para os perigos de uma era digital que, ao invés de unir, está segregando pessoas de todas as idades. A superficialidade das interações virtuais não apenas intensifica a ansiedade, mas também afasta indivíduos dos valores e princípios essenciais para uma convivência harmônica.


Janeiro Branco” é uma campanha dedicada à saúde mental, e não há melhor momento para refletirmos sobre os impactos das redes sociais.


Vivemos em um mundo onde a perfeição é projetada através de filtros e a felicidade é medida em “likes”. O problema é que essa busca por uma vida perfeita, exibida nas redes, pode levar a frustrações e a um sentimento de inadequação, especialmente entre os jovens. No entanto, os adultos não estão imunes e eles também se sentem pressionados a corresponder a padrões irreais, afastando-se das experiências reais que compõem a vida.


O Mundo Fantasioso das Redes Sociais


A ilusão de uma vida ideal, cuidadosamente editada e compartilhada nas redes sociais, contribui para a segregação de grupos e a desconexão das pessoas de sua própria realidade. Jovens se veem compelidos a alcançar uma versão distorcida do sucesso, enquanto adultos podem sentir que estão ficando para trás em um mundo que valoriza apenas o que é exibido online. Isso cria uma barreira invisível, mas poderosa, entre o que é real e o que é mostrado.


Essa ruptura afeta não apenas as relações interpessoais, mas também a percepção que temos de nós mesmos. Quando a autoimagem é construída com base em comparações irreais, o resultado é uma sociedade fragilizada, onde a ansiedade e a depressão se tornam companheiras constantes.


Valores e Princípios em Declínio depois da Redes Sociais


A vida em sociedade sempre foi fundamentada em valores como empatia, respeito e solidariedade. No entanto, a cultura digital atual promove o individualismo e a competição, muitas vezes às custas desses valores. As interações sociais autênticas estão sendo substituídas por curtidas e comentários, e o que antes era uma troca rica de experiências e emoções, agora se resume a uma exibição de aparências.


A ausência de diálogos profundos e de conexões reais contribui para o enfraquecimento dos laços sociais. A falta de empatia, impulsionada pela distância emocional criada pelas redes sociais, dificulta a compreensão e a aceitação do outro, o que, por sua vez, alimenta o isolamento e a desconfiança.

 

A Reaproximação com a Realidade


Para resgatar os verdadeiros valores da vida em sociedade, é fundamental que tanto jovens quanto adultos sejam incentivados a reconectar-se com o mundo real. Isso pode ser feito através da promoção de atividades que estimulem a interação face a face, a empatia e o diálogo.


As escolas e as famílias desempenham um papel crucial nesse processo. É necessário criar espaços onde as crianças e os jovens possam expressar suas emoções e preocupações de forma aberta e honesta.


Atividades que promovam o autoconhecimento e a autoestima, longe das telas, são essenciais para ajudar as novas gerações a se reconectarem com sua verdadeira essência.


Atividade Prática: Diálogo e Conexão


Para pais e professores, uma atividade prática que pode ajudar as crianças e jovens a se desconectarem do mundo virtual e se reconectarem com o real é o “Círculo de Conexão”.


Essa atividade pode ser realizada semanalmente e consiste em um encontro onde todos, em um ambiente seguro e acolhedor, compartilham suas experiências da semana, algo que os fez felizes, algo que os preocupou e uma meta para a semana seguinte.


Instruções:


  1. Reúna um pequeno grupo de crianças ou jovens em um círculo.

  2. Explique que o objetivo é ouvir e ser ouvido, sem julgamentos.

  3. Cada participante terá a oportunidade de falar, enquanto os outros apenas escutam.

  4. Após a rodada de compartilhamento, estimule o grupo a discutir como podem apoiar uns aos outros em suas metas ou preocupações.


Este exercício não só ajuda a construir empatia e compreensão, mas também fortalece os laços sociais e promove um senso de comunidade. Além disso, é uma oportunidade para os participantes se desconectarem do mundo digital e se conectarem consigo mesmos e com os outros de maneira significativa.

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Silvia Alambert Hala é mãe, empreendedora educacional, cofundadora da www.creativewealthintl.org, empresa que atua no desenvolvimento de programas de educação financeira para crianças e jovens e treinamento de multiplicadores dos programas no Brasil e em diversos países há cerca de 20 anos, palestrante Tedx São Paulo Adventures, coautora do livro “Pai, Ensinas-me a Poupar” (editora Rei dos Livros, Portugal), educadora financeira de crianças, jovens e suas famílias.


RadiumWeb e Creative Wealth Internacional firmaram uma parceria colaborativa para fornecer educação financeira abrangente para brasileiros em todo o mundo.


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