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Foto do escritorRicardo São Pedro

Impactos ambientais do consumo desenfreado na realidade do Brasil



O Brasil, como muitos outros países, tem enfrentado uma crescente preocupação com os impactos ambientais decorrentes do consumo desenfreado. O modelo de consumo adotado pela sociedade contemporânea, baseado no consumo excessivo e na obsolescência programada, tem gerado uma série de consequências negativas para o meio ambiente. Neste artigo, vamos explorar os principais impactos ambientais do consumo desenfreado na realidade brasileira, trazendo números que servem como parâmetro para avaliação desses impactos.


Um dos impactos mais evidentes é o aumento da geração de resíduos sólidos. O Brasil produz cerca de 82 milhões de toneladas de resíduos por ano, de acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em 2022. Esse volume expressivo de resíduos representa um desafio para a gestão adequada e a destinação correta dos resíduos, uma vez que parte significativa acaba em lixões e aterros inadequados, contaminando o solo, a água e comprometendo a saúde pública.


Além disso, o consumo desenfreado contribui para o esgotamento dos recursos naturais. No Brasil, a exploração predatória de florestas e a extração descontrolada de recursos minerais têm sido uma realidade preocupante. Entre 2000 e 2022 (30/11/2022), o país perdeu uma área equivalente a 25 milhões de campos de futebol de florestas, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Essa degradação ambiental compromete a biodiversidade, acelera as mudanças climáticas e ameaça as comunidades indígenas e tradicionais que dependem desses recursos para sua subsistência.


Outro impacto relevante é o consumo de água. O setor de produção de bens de consumo demanda uma quantidade significativa de água em diferentes etapas da cadeia produtiva. De acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA) de 2019, cerca de 70% da água doce disponível no Brasil é utilizada para atividades relacionadas à produção de alimentos e bens de consumo. Esse consumo exacerbado de água contribui para a escassez hídrica em diversas regiões do país, especialmente em períodos de estiagem, afetando a agricultura, o abastecimento público e os ecossistemas aquáticos.


Além dos impactos diretos no meio ambiente, o consumo desenfreado também está relacionado às emissões de gases de efeito estufa (GEE). A produção, o transporte e o descarte de bens de consumo são responsáveis por uma parcela significativa das emissões de GEE no Brasil. De acordo com dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, as emissões relacionadas ao consumo de bens e serviços representaram aproximadamente 45% das emissões totais de GEE no país em 2019. Essas emissões contribuem para as mudanças climáticas e seus impactos associados, como o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos.


Diante desses números preocupantes, é fundamental repensar o modelo de consumo adotado pela sociedade brasileira. A transição para um modelo mais sustentável, baseado na redução, reutilização e reciclagem, é essencial para minimizar os impactos ambientais. Medidas como a promoção da economia circular, a conscientização da população sobre o consumo responsável e a implementação de políticas públicas que incentivem a produção e o consumo sustentáveis são passos importantes nessa direção.


Além disso, é fundamental que as empresas adotem práticas mais sustentáveis em suas cadeias produtivas, desde a seleção de matérias-primas até a destinação final dos produtos. Investir em inovação tecnológica, produção limpa e logística reversa são estratégias que podem contribuir para a redução dos impactos ambientais do consumo desenfreado.


Em suma, os impactos ambientais do consumo desenfreado na realidade do Brasil são significativos e demandam ações urgentes. É necessário repensar a forma como consumimos e produzimos, buscando soluções mais sustentáveis que preservem os recursos naturais, reduzam a geração de resíduos e minimizem as emissões de gases de efeito estufa. Somente dessa forma poderemos garantir um futuro ambientalmente saudável e equilibrado para as gerações presentes e futuras.

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Concordo que temos que repensar as formas de produzir e consumir, no que toca ao consumo as pessoas podem ir aos poucos modificando hábitos e reduzindo o lixo e reutilizando embalagens, muito pode ser feito. Agora no tocante a produção, isso envolve custos, implementar estações de tratamento da água utilizada no sistema industrial, somente uma das vertentes problemáticas, trará maiores custos e os empresários só vão ter esses maiores gastos se forem recompensados com selos que informem que a empresa tem atitudes pró meio ambiente e os governos bonifiquem essas empresas. Apesar de muito se falar para termos cuidado com o meio ambiente eu não vejo as pessoas em sua maioria privilegiando produtos das empresas que tem compromisso com uma…

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