Copom eleva Selic para 12,25% em dezembro de 2024: entenda os motivos e impactos
Por Ricardo São Pedro
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou, em sua reunião de dezembro de 2024, a elevação da taxa Selic para 12,25% ao ano. A decisão, unânime entre os membros do Comitê, veio em resposta ao cenário de inflação elevada, atividade econômica resiliente e desancoragem das expectativas. Neste artigo, explicamos o que motivou essa decisão e quais são os impactos da Selic no crédito, nos investimentos e na economia brasileira.
Cenário econômico global e nacional preocupa o Copom
O cenário externo continua desafiador, com destaque para os Estados Unidos, onde há incertezas sobre o ritmo da desinflação e a desaceleração econômica.
No Brasil, a economia tem mostrado resiliência, com crescimento acima das projeções:
O PIB do terceiro trimestre surpreendeu positivamente.
O mercado de trabalho segue aquecido, com queda no desemprego e aumento de empregos formais.
No entanto, os fatores inflacionários preocupam:
Preços de alimentos em alta devido à estiagem e ao ciclo de carnes.
Inflação de serviços persistente, mesmo com política monetária restritiva.
Depreciação cambial, que pressiona os preços internos.
Expectativas de inflação seguem desancoradas
As projeções de inflação subiram para:
4,9% em 2024
4,5% em 2025
A desancoragem das expectativas preocupa o Banco Central, que vê na política monetária mais rígida a principal ferramenta para conter esse movimento.
Impactos da alta da Selic no bolso do brasileiro
A elevação da Selic afeta diretamente o dia a dia das pessoas:
Crédito mais caro: financiamentos, empréstimos e cartões de crédito terão taxas de juros mais altas.
Investimentos em renda fixa: produtos como Tesouro Selic, CDBs e a própria poupança se tornam mais atrativos, claro que tomando o cuidado de verificar qual a influência da inflação no que tange a rentabilidade real obtida em cada um dos produtos (Rentabilidade Contratada - Taxa de Inflação, precisa ser pelo menos positiva).
Redução no consumo: o crédito mais caro pode frear o consumo e ajudar a reduzir a inflação.
O que esperar para os próximos meses?
O Banco Central sinalizou que, diante do cenário adverso, a política monetária será ainda mais rígida. A expectativa é de novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, reforçando o compromisso com a meta de inflação.
A decisão do Copom de elevar a Selic para 12,25% ao ano reflete o compromisso com a estabilidade de preços em um cenário de inflação elevada e expectativas desancoradas. Para os brasileiros, o momento exige planejamento financeiro e maior prudência no uso do crédito.
Continue acompanhando nossa web rádio para mais análises econômicas, dicas financeiras e informações sobre a política monetária do Brasil.
Gostou do conteúdo? Acompanhe nosso blog para mais artigos como este. Compartilhe este conteúdo com amigos que querem entender mais sobre a Selic e a economia brasileira.
Fonte de Informação:
Comments