Blog Meu Dinheirinho: Episódio 11
Atualizado: 22 de jan.
As Mulheres e o Dinheiro
Por Carlos Eduardo Costa
De acordo com um estudo do Banco de Investimentos Merrill Lynch, 61% das mulheres preferem falar sobre a própria morte do que sobre dinheiro. O resultado mostra que para elas, dinheiro supera um dos maiores tabus de nossa sociedade que é a morte. Muitas razões podem explicar esse medo de tratar o tema. Um deles é o fato de que há pouco tempo atrás as mulheres não podiam cuidar da sua própria vida financeira. No Brasil, as mulheres tiveram direito de ter sua própria conta bancária somente na década de 60 e que, até essa época, mulheres casadas precisavam da autorização do marido para trabalhar fora.
O dinheiro também é muito usado por nós homens como fator de pressão. Um estudo realizado pelo Datafolha, a pedido do C6 Bank, mostrou que 24% das mulheres já foram agredidas verbalmente ou humilhadas em temas ligados às finanças.
E há ainda as diferenças no mercado de trabalho. De acordo com dados do IBGE, mulheres ganham 20,5% a menos do que os homens que exercem a mesma função. Outro estudo realizado pelo LinkedIn em 2019 mostrou que só 3% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras são ocupados por mulheres. Além disso, muitas vezes as mulheres deixam seus cargos para cuidar dos filhos ou são demitidas assim que retornam da licença maternidade.
O mundo dos investimentos também é um universo em sua essência masculino. Na bolsa de valores, as mulheres representam menos de 25% dos investidores.
E qual é o maior problema de não falar sobre dinheiro? Para todos nós, o equilíbrio na vida financeira é sinônimo de autonomia, liberdade, independência, qualidade de vida e segurança. Por isso é importante cuidar da educação financeira.
E nós, pais e mães de meninas, temos o dever de mostrar a elas a importância de mudar essa realidade. Aqui em casa, a Duda tem o exemplo da mãe. A Gabriela tem buscado a cada dia melhorar os seus hábitos na relação com o dinheiro. E dinheiro nunca foi um tabu em nossa casa.
E você, acha importante ajudarmos nossas filhas?
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